sábado, 30 de abril de 2011

O velho e o novo, a amizade e a saudade

Essa sou eu me afastando de todos os que mais amo. Autodefesa? Não sei. Depressão? Provavelmente não. Férias de mim mesma? Talvez. O mais provável é que eu só esteja seguindo as indicações do mestre Mario Quintana em seu poema “borboletas”: “O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.”
É, provavelmente, é isso. Eu provavelmente estou testando a todos. Será que se eu sumir por uns tempos, quando eu voltar vocês ainda estarão lá para mim? Será que vocês me valorizavam da forma como eu os valorizei?
A verdade é que eu estou cansada, cansada de mim mesma, da minha rotina e do mundo a minha volta. Se eu pudesse iria agora mesmo, talvez um ou três meses em algum país exótico, absorvendo uma nova cultura e renovando meu espírito saciasse essa minha “carência de aventuras”, já que não posso só me resta isolar-me em meu mundo cor-de-rosa e suprir essa minha súbita carência me alimentando do novo como possível. E então eu me vejo suprindo a falta do antigo com o novo, novos amigos, novos lugares, uma nova cor de cabelo e etc.
O que eu quero dizer é: espero um dia me saciar desse meu desejo do novo, para que então eu possa voltar ao velho e dizer em alto e bom tom “Você não faz idéia de como eu senti a sua falta.”
Portanto, seja você “o velho” ou “o novo”, não se chateie eu sou assim mesmo, infelizmente, possuo essa inconstância trágica de enjoar e desenjoar das coisas muito rapidamente. E saiba, que se um dia eu cheguei a lhe chamar de “amigo” é porque eu lhe valorizei e espero um dia lhe reencontrar e falar “senti saudades”, pois eu provavelmente terei sentido-as e muito.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Criticas

Não me julgue. Não me critique. Não diga que faria diferente. Não fale nada se não souber dos meus motivos. Você não pode julgar se não souber o meio. E você não conhece o meu.
Não diga que estou certa ou errada, há menos que eu lhe peça. Não use frases feitas comigo, elas me dão náuseas. Não me chame de bem, flor ou querida, isso soa mais falso do que aquela Louis vuitton que você me deu. E, para não esquecer, não ache que só porque eu sou simpática e educada com você quer dizer que eu quero ser simpática, fofa e educada.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Desabafo

Quando eu te conheci eu estava inteira. O muro ao redor do meu coração nunca pareceu-me tão sólido e tão seguro quando antes de você chegar. E eu no inicio recuei, sabia a dor e o trabalho que me levaram a construir aquele muro, e eu te avisei. Avisei que eu era complicada, machucada e me apagava fácil e você, para minha surpresa, disse que não tinha problema, que você também não era perfeito e que eu não tinha tantos problemas assim.
E assim foi, eu com meus dramas dignos de Hollywood e você com seus conselhos de monge budista. Acho que, pela primeira vez na vida, eu realmente pensei que pudesse dar certo. Sabe, aquela história de bons amigos que se conhecem tanto a ponto de se apaixonarem?! Poisé, eu e o meu estúpido romantismo alimentado através de romances baratos e comédias românticas, me fizeram acredita que poderia, finalmente, dar certo com alguém.
E de repente, eu que havia jurado não me apaixonar nunca mais, me vi tão dependente de você, como se a sua presença, seus conselhos e até as suas piadas sem graça fossem como aquele bendito copo d’água que eu tomo antes de sair de casa. Indispensável.
E agora, você se foi, com ares de quem quer voltar e ficar, mas eu não sei se estou pronta para alimentar mais estar doce ilusão provocada por você. Não sei se eu quero acreditar que é só uma fase, você já fez isso antes e eu acabei mais fundo que o Titanic.
E agora, aquele mesmo medo que me fez construir um muro ao redor do meu coração, me implora para que você se afaste de mim ou que eu me afaste do você. E, por mais que você só me pareça encantador a cada encontro, eu preciso desta distancia para me reconstruir e me sentir segura novamente, para reconstruir minha necessidade de mim mesma e ter a certeza de que não importa o que aconteça, eu vou estar bem mesmo estando sozinha.